25 outubro 2011

Perto e Longe não existe mais com Internet

Bar Indigo, em 4 Mandlik Road Colaba, Bombay (Mumbai), 400-001. Um lugar onde nunca estive...

Provavelmente o conceito de "longe" - nos dias de hoje - deve ser fora do espaço terrestre. Pois no mais, além de tudo ser perto e acessível, tudo já é conhecido, mesmo sem ter-se estado lá. O Google Maps, assim como os buscadores acabaram com as surpresas de novas descobertas. O bar do outro lado do pacífico vc já viu em fotos, sabe em que rua está, quantos quilômetros afastado do aeroporto, qual ônibus pegar, e se precisar de taxi, quanto vai custar aproximadamente a corrida. E você nem chegou lá ainda... Capaz de já ter feito inclusive um passeio virtual por dentro do bar, saber a cor das paredes e onde fica o banheiro.

Mas pensemos mais no micro-cosmo. Se há uma diferença em sair de um ponto e chegar noutro de carro ou de transporte público, é que de carro, pode-se optar em ser bem mais "burro". Explico: você sai de casa, liga seu GPS, e vai fazendo o que ele mandar. Caso não tenha GPS, para num posto de gasolina e pergunta como fazer pra chegar lá onde você quer chegar.

Já pra quem usa Transporte Público, não dá pra ser burro: é necessário saber de antemão quais meios de transporte irá usar. Precisa saber onde fica o ponto de ônibus (muitos deles são inexistentes como na Rua Butantã, que tem 3 paradas diferenciadas, e apenas duas sinalizadas. A terceira é "em frente ao açouge"). Se tem identificação do ponto, não tem identificação das linhas: até que horas eles funcionam, se funcionam fins de semana, etc. Se for de taxi, tem que ter um telefone de empresa de taxi de antemão, sob ameaça de ficar plantado fazendo sinal pra taxi lotado (com o advento do ISOFILM não se enxerga mais nada dentro do TAXI pra saber se tá lotado ou não - some-se a isso os descansos de pescoço, que se confundem com passageiros. Solução é dar sinal pra tudo que é TAXI até algum deles parar.) Enfim, sem planejamento, as chances de ficar pegando ônibus ou metrô errado, ou descer em parada errada, ou mesmo não pegar nada, e ficar plantado em parada desativada é bem grande.

Portanto, burrice e Transporte Público não combina. Precisa conhecer tudo antes, de preferência já ter visto todo o percurso no Google Maps (precisa saber como usar o Google Maps), ou já ter listado quais empresas servem o itinerário desejado ligando para 158, serviço oferecido pela prefeitura de São Paulo, (ligação gratuíta 24x7 inclusive de celular) e perguntando como chegar de um ponto ao outro. E nem sempre confiar na resposta, porque muitas vezes, as informações não procedem. Tá difícil pensar? Planejar? Se orientar? Bem, nesse caso, compre um carro.

14 outubro 2011

Edição fresquinha...

aê pessoas. Abaixo vcs podem conferir meu último trabalho de edição. Fiquem à vontade para comentar, criticar ou sugerir. Assim como fiz por uma boa causa, tb saberei ouvir o que todos têm a dizer por causas melhores. Obrigado.

Famílias da zona leste de São Paulo organizadas em movimento popular de moradia são despejadas de suas casas em São Mateus. O trabalho trata das adversidades vividas por mulheres e a necessidade da organização e resistência diante da falta de moradia. Registra momentos em que o sujeito traz à tona as condições de vida que o levam à resistência. Parte da perspectiva de que a resistência política passa pela resistência particular e, portanto uma decisão pessoal. São Paulo, Hi8 + Fotos RAW, 2011, 11'19"

06 outubro 2011

como escolher uma bicicleta

capítulo 17. Que bicicleta comprar - Medidas da Bicicleta x Ciclista


Medidas básicas que devem ser observadas na escolha da bicicleta:



Seat Tube = Tubo de selim do quadro da bicicleta. É o que define o tamanho da bicicleta.

Nas Mountain Bikes essa medida é apresentada em polegadas: 17", 18", 19" etc

Nas Speed, Híbridas e Estradeiras a medida é em centímetros: 50, 52, 54 cm etc

Veja na tabela abaixo o tamanho de bicicleta adequado para sua altura.



Top Tube Horizontal = Tubo superior do quadro da bicicleta. Define o comprimento da bicicleta.

Essa medida também é usada para definir o tamanho da bicicleta para o ciclista, e deve ser tomada em linha reta, paralela ao chão. Vai desde o centro do tubo frontal até o centro do canote de selim da bicicleta.

Alguns fabricantes de bicicletas apresentam seus modelos com ligeira diferença no comprimento do top tube horizontal. Para ciclistas com o tronco mais longo, recomenda-se os modelos com top tube horizontal mais longo e para ciclistas com o tronco mais curto, um top tube mais curto. Por isso é fundamental que se experimente modelos e marcas diferentes antes da compra pois bicicletas com mesmo tamanho nominal podem apresentar diferenças em suas geometrias. Na dúvida, consulte um profissional e faça um bike fit antes da compra pois para cada tipo físico e dependendo do uso que se pretende fazer da bicicleta existem medidas e ajustes diferentes.

Top Tube mais curto: ideal para plano, uso urbano e iniciantes; serve para manter o ciclista numa posição de condução mais em pé, o que facilita olhar o trânsito. O ciclista fica mais exposto ao vento, o que torna a bicicleta mais lenta. Ciclista em posição mais em pé tem maior dificuldade em realizar subidas. O pescoço é menos exigido. A lombar passa a ser o amortecedor do ciclista.

Top Tube mais longo: ideal para esportistas e profissionais: visa retirar o máximo do funcionamento muscular do corpo do ciclista. Facilita arrancadas, subidas e mudanças bruscas de direção, permitindo uma condução agressiva. Como o corpo do ciclista fica mais deitado, há menos arrasto aerodinâmico, facilitando a manutenção de altas velocidades.

Antes da compra recomendamos também a leitura do Capítulo 16 "A Bicicleta"
Na hora da compra é fundamental a escolha da bicicleta que corresponda ao tamanho do ciclista
Tabela básica - altura do ciclista x tamanho da bicicleta

Se houver dificuldade em encontrar bicicleta fabricada no Brasil que corresponda a altura do ciclista deve-se, sem dúvida, partir para as importadas. Não compre uma bicicleta inadequada para seu tamanho.

fonte: http://www.escoladebicicleta.com.br/medidaseuso.html

Outro SITE muito bom é o BIKE MAGAZINE (de Portugal) - CLIQUE AQUI.

O campeonismo no Desafio da Mobilidade

"Todos meus amigos são campeões em tudo" (e meus inimigos também: citação minha) é uma forma mais poética de traduzir a "Lei de Gerson". A primeira frase é de Fernando Pessoa. A segunda, é de uma propaganda de cigarros. Ambas levam ao mesmo comportamento inverso a qualquer tentativa de cidadania. Em geral, são os que furam fila, os que precisam ser atendidos primeiro num balcão de loja, os que querem sair primeiro de um carro do metrô (ou entrar). São mil exemplos. E existem a rodo em qualquer transporte público. Nestes locais são maioria, visto que envolve de imediato o conceito de "competição". Não são as exceções. Vou citar alguns exemplos:
  • os que já se levantam em ônibus vazio um ou dois pontos antes, se posicionando na porta pra descer.
  • na hora de um carro de metrô abrir as portas, os que já querem entrar sem antes esperar os passageiros descerem.
  • na chegada no ponto final, todos aqueles que não cedem passagem a um passageiro sentado próximo à porta. Se ele não forçar passagem, será o último a descer.
  • Todas as regiões próximas às portas são marcadas nas plataformas do metrô. Mesmo assim, sempre há aqueles que param ao lado do local marcado, e se esgueiram na abertura das portas, forçando passagem pela lateral. Esse é o comportamento mais irritante.
Hoje conversava com uma amiga minha italiana sobre isso. Levantamos hipóteses baseadas no comportamento latinoamericano de ser. Num próximo post aprofundo o tema.
Mas não pense vc, incauto motorista, que vc é melhor. Basta perguntar: quantas vezes você cede passagem para algum carro saindo de um estacionamento, ou vindo de uma esquina? Ou a um taxi partindo após pegar um passageiro? Ou ainda passar por um farol "quase" mudando pro vermelho? Pois é - pode-se sempre argumentar: "puxa, não vi!" Mas no fundo no fundo, ninguém quer ver nada mesmo exceto aquilo que está mais próximo a seu nariz, ou seja, a si próprio. Um mundo competente - competir - competição. Ou vc é exceção?

04 outubro 2011

O que é esse tal de Desafio da Mobilidade?

Tão me perguntando por que venho postando quase que diariamente no meu blog e no facebook e no Twitter. Simples: fui selecionado, junto com outras duas pessoas, a participar de um concurso na Zazcar, chamado "Desafio da Mobilidade". Para isso, precisamos ficar um mês sem usar carro próprio e postar diariamente algo sobre essa nossa experiência no twitter e no facebook, além de escrever algo no blog. Também preciso enviar um log semanal com todos os tipos de transporte utilizado e quanto tempo fiquei em cada um deles. Até patinete, skate, caminhada, enfim, tudo que se move. No meu caso, concentro todas minhas atividades em ônibus, metrô, caminhada e taxi, nesta ordem de preferência. Tenho um bilhete único que recarreguei até a data de hoje com R$ 815 o que dá uma média de R$ 90,00 por mês. Considerando que cada busão custa R$ 3,00 pode-se deduzir que pego 30 ônibus por mês. Conta errada. Graças às 3h de tolerância entre primeira e última viagem, chego a usar até 4 ônibus pagando apenas uma viagem. A coisa desanda quando entra metrô na jogada. Aí, paga-se uma diferença de R$ 1,49 e toda combinação muda. Conforme gráfico abaixo, fica fácil perceber como funciona este sistema. Seja como for, duvido que qualquer pessoa que tenha carro, gaste apenas 90 reais por pessoa por mês.  

01 outubro 2011

Sábado com gosto de Bolhas nos Pés

o baixo Pinheiros tem um jeito ainda interiorano de se viver. Existem bares pela Amaro Cavalheiro ou pela Eugenio de Medeiros ou ainda na Ferreira de Araujo que nem se sabe direito se é alguma família fazendo um churrasco na calçada ou é mesmo um bar. O final da tarde foi especialmente gratificante, pelo presente da natureza com brisas e por de sol cinematográfico. Saí com amigos, tomamos sorvete na lanchonete do SESC Pinheiros, depois fomos conhecer a Praça Victor Civita (meio largada, alô Abril!!!) e encontrar outros amigos do passado pela janela dos sobrados. Nem tocamos campainha. Grita-se o nome, e a fulana desce pra conversar sobre as casas da região. Ela é arquiteta. Sabe que tem muita gente vendendo por ofertas irrecusáveis de mais de 10 mil o metro quadrado. O passeio levou quase duas horas. Voltamos já noite em casa. Minha amiga mora perto, do outro lado da Sumidouro. Vimos a estação Pinheiros do metrô (um exagero de escadas rolantes). As madeireiras, marceneiros e lojas de ferragens são ainda os campeões em ocupação da área. Tudo muito fácil de se ver, quando se anda a pé. E entrar de bar em bar, tomar alguma coisa, e seguir passeio. E chegar ao final de tudo com algumas bolhas de lembrança. Tudo bem, também. Quem mandou passear de havaianas?